terça-feira, 4 de novembro de 2008

Demora na liberação de corpos no DF


De tudo vi e ouvi. Assassinatos brutais e (acidentes) fatais não me chocaram tanto quanto a reportagem que assisti esta manhã.
Um homem morto foi encontrado na quarta-feira passada, 22 de outubro, em Luziânia-GO e até hoje seu corpo não foi liberado do IML. Parentes da vítima viajam todos os dias de Valparaíso-GO para a cidade onde ele se encontra, na esperança dele ser liberado.
Como se não bastasse a demora pela liberação do cadáver, as geladeiras do IML, onde os corpos são armazenados, estão lotadas. A solução encontrada pelos funcionários foi de colocar o caixão ao ar livre do lado de fora do prédio. Ao relento, debaixo de um sol de 33º graus, o morto se encontra há seis dias. Levando em consideração que um corpo leva cerca de 72h para começar a deteriorar-se, este parece ter passado da hora.
Seria apenas burocracia ou descaso?
Não faço a mínima idéia. Só sei que deve ser muito triste não poder enterrar seu ente querido antes mesmo que seu corpo comece a feder, desfigurar-se e sem ao menos fazerem uma autópsia para saber a causa da morte.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Exploração Infantil


Mais de 5 milhões de jovens entre 5 e 17 anos trabalham no Brasil, apesar de a lei estabelecer 16 anos como idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho que não apresente riscos à saúde. Embora este número venha diminuindo, ainda são muitas as crianças que sofrem este tipo de exploração.

S.C.O, 13 anos, trabalha para ajudar a mãe nos gastos da casa. Apesar da pouca idade, a responsabilidade é de adulto. E não é de hoje que histórias como esta se repetem em famílias de baixa renda no Brasil e no mundo. A Organização Internacional do Trabalho (OIT), na convenção nº 138, Fixa como idade mínima recomendada para o trabalho em geral a idade de 15 anos. No caso de países muito pobres (não é o caso do Brasil), a convenção admite uma idade mínima de 14 anos para o trabalho. No Brasil, os trabalhos que possam colocar em risco a saúde, a segurança ou a moralidade da pessoa, só pode ser exercido por maiores de 18 anos.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) 2005, do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística, (IBGE), o número de crianças entre 5 e 15 anos trabalhando no DF aumentou em aproximadamente 4,7 mil crianças, depois de 14 anos em queda. Chegando ao índice de 1,6% da população nessa faixa etária.
Elide Lima, 44 anos, sabe bem a realidade do trabalho infantil. Ela começou a trabalhar com 12 anos, como empregada doméstica na casa de uma família de classe média na Asa Sul, bairro de Brasília. Na época, ela trabalhava somente aos sábados das 7h às 23h. Às vezes tinha que dormir no serviço, pois não terminava o trabalho a tempo e ficava muito tarde para voltar para casa. Entre as atividades estavam lavar e passar roupas, limpar a casa e cozinhar.
Hoje ela é funcionária pública e pode dar às filhas uma vida melhor do que a que teve. “Não reclamo da vida sofrida que tive, pois com ela aprendi a valorizar mais tudo que Deus têm me dado e a agarrar com força todas as oportunidades que me foram oferecidas para que eu tivesse um futuro melhor”, disse Elide, com lágrimas nos olhos.
Porém, nem todas as crianças que são vítimas do trabalho infantil terão um futuro como o de Elide, já que são poucas as crianças que encontram em seus caminhos a oportunidade de uma vida melhor.
Para a socióloga Bernadete Grande, a exploração infantil sempre existiu no Brasil. “Ela pondera que hoje a situação é mais controlada em função da existência de associações de apoio aos menores”. Porém a exploração não deixa de existir em diversas formas. São muitos os trabalhos realizados por menores no Brasil. Há crianças trabalhando em carvoarias, olarias, pedreiras, catando latinha, lixo, prostituindo-se dentre outros.
“É muito comum aqui no DF encontrar o trabalho infantil em sinais, rodoviária ou shoppings. A criança estuda meio período do dia e no outro vai para rua vender produtos de pequeno valor, para ganhar seu próprio dinheiro e isso não deixa de ser exploração infantil”, diz a socióloga. Para Bernadete, a solução é a realização de um projeto que mantenha essas crianças na escola, de preferência período integral, além de fornecer uma ajuda de custo a essas famílias.
Apesar de muitos projetos governamentais e não-governamentais atuarem contra o trabalho infantil essa ainda é uma realidade no Brasil e no mundo. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), uma a cada dez crianças perdem a infância e a adolescência nas casas de farinha, lavouras e cortes de cana. Essa realidade é bem freqüente no interior. Cerca de 500 mil crianças e adolescentes, na maioria meninas, são exploradas no trabalho infantil doméstico em casa de terceiros.
S.O.C, 13 anos, reside no Lago Azul, entorno do DF, com a mãe e quatro irmãos. Filha de pais separados, ela trabalha vendendo balinha em um semáforo perto da rodoviária no centro de Brasília. Trabalha de segunda à sexta-feira, das 13h às 19h, e estuda no período da manha em uma escola próxima a sua casa. “Eu gosto de trabalhar. Minha mãe nunca me obrigou a isso, mas ela me apóia, pois prefere que eu trabalhe que fique na rua”, diz a menina.
Ela consegue cerca de R$ 30 por dia e, em seu melhor dia de trabalho, conseguiu R$ 135. No pior, apenas R$ 13 , onde R$ 3 eram para pagar passagem. Com seu dinheiro, além de comprar leite para a irmã mais nova, ela compra materiais escolares, roupas e ajuda a mãe no fim do mês. A renda da família é de aproximadamente R$ 1 mil em uma casa de seis pessoas.
O exemplo de S.O.C mostra que o trabalho infantil é uma realidade no Brasil. Porém, o número de jovens trabalhando tem diminuído. De acordo com a pesquisa do PNAD/ 2005, em 1992 esse número era de 8 milhões de crianças trabalhando, tendo inibidos seus sonhos para o futuro como é o caso de SOC que aspira a ser médica.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Matéria

Nos últimos quatro anos, cerca de 20 milhões de pessoas subiram de classe no país conforme o estudo realizado pela consultoria Nielsen. Isso ocorreu devido à estabilidade econômica, a popularização dos créditos e aos programas sociais do governo, proporcionando a essas pessoas a possibilidade de sair das classes DE.
João Carlos Lazzarini, diretor da Nielsen em entrevista a Paulo Henrique Amorim, revela que a classe C é contida de aproximadamente 80 milhões de pessoas. Essa classe presa pela melhor qualidade dos produtos e também pelos menores preços.
Alguns produtos que tiveram aumento de consumo foram os derivados lácteos, carnes, produtos de higiene pessoal e limpeza atingindo um aumento de 3%. E os bens duráveis atingiram um aumento de 8% devido aos créditos fáceis.
“Dizer da importância crescente da classe C não é novo. A novidade, na verdade, é admitir, acompanhar e agir nas diferentes aspirações, nos desejos e valores que permeiam essa classe C. (...)” diz Lazzarini.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

LEAD'S

Nesta terça-feira, 02 de setembro, o presidente Luis Inácio Lula da Silva sofreu um atentado terrorista em sua casa após uma viagem à China. O presidente teve ferimentos leves graças à segurança do Palácio da Alvorada. A autoria e as causas do atentado ainda não foram divulgadas.






Na última sexta-feira, 29 de agosto, o Airbus 037 da TAM caiu na floresta Amazônica. O acidente ocorreu em torno das 21h. A companhia divulgou que havia 216 passageiros no vôo. Muitas tentativas de contato com a aeronave foram feitas, mas nenhuma foi correspondida. Peritos acreditam que não há sobreviventes.






Nesta quinta-feira chuvosa, um homem morreu enquanto soltava pipa em frente à sua casa. Identificado como José da Silva Pereira, ele era ameaçado constantemente pelo açougueiro da região. Seu corpo, ensangüentado, tinha 27 perfurações no abdômen que confirma o uso de faca. Pessoas da vizinhança dizem que pode ter sido acidente. Mas com a fuga do suspeito açougueiro, a polícia pode ter pistas sobre o caso.

domingo, 15 de junho de 2008

1968 - O ano que não terminou


O ano de 1968 foi um momento histórico fascinante. Uma época de mudanças extremas – revoltas, assassinatos, guerras – dentre outros.
Uma época marcada por sua maioria jovens que saíam às ruas protestando contra o estilo de vida capitalista em que caminhávamos. Não suportavam a hipótese de repressão política imposta por muitos países.
Muitos historiadores dizem que a maioria das pessoas que viveu e lutou neste ano era de esquerda. Batendo de frente com o governo da época. O que parece ser verdade pois oo governo naquela época era extremamente opressor.
Os jovens não suportavam mais o modo em que a sociedade se encontrava. Nos Estados Unidos, negros, hippies e estudantes da nova esquerda questionaram o “American way of life” e denunciaram a hipocrisia de uma sociedade consumista, racista e paranóica com a Guerra Fria. Eles lutavam contra o autoritarismo, sonhando com um mundo onde a imaginação pudesse chegar ao poder.
Diferentemente de uma história juvenil coletiva, 1968 foi o ano onde dogmas antigos foram derrubados; questionados; balançando muitas tradições e o poder.
Tanto nos países comunistas como nos capitalistas, o que mais assombrava op estado era a fusão da classe dos trabalhadores com a estudantil, que implicaria em uma grande revolta, talvez incontrolável.
Houve diversas reformas sociais de longo prazo nesta época. A mais importante delas foi a transformação da relação entre mulheres e homens refletindo diretamente na vida familiar. O que acarretaria posteriormente numa mudança na forma de ensino nas escolas.
Este foi um ano marcante na nossa história, e ainda longe de ser inteiramente compreendido.

O poder da comunicação


O jornalista Orson Welles que trabalhava em uma rádio de Nova Iorque pregou uma peça nos Estados Unidos no dia 30 de outubro de 1938.
Usando a famosa história de H.G. Wells; “A guerra dos mundos”, Welles provou que o meio de comunicação pode ser usado tanto para o bem da população, quanto para causar o caos.
Com base na obra de H.G. Wells,Welles narrou a obra da Guerra dos Mundos mostrando um ataque marciano à população da Terra. Era uma simples novela para quem escutava a rádio desde o começo. Mas, para aqueles ouvintes que pegaram a transmissão no meio, a novela se transformou em um relato real, apavorando 1,2 milhão das 6 milhões de pessoas que escutavam rádio naquele dia.
No dia seguinte manchetes de vários jornais estampavam a farsa da invasão marciana.
Há relatos de que a população americana estivesse abalada e amedrontada devido ao temos com a segunda Guerra Mundial. Mas o que ficou realmente evidente foi a força que os jornalistas e a comunicação têm para influenciar a população.

Dilemas

-O que voce acha de um repórter que mente e suborna fontes para obter informações de interesse público ao qual não teria acesso se fosse identificado como jornalista.


Muitas vezes os jornalistas se veêm obrigados a burlar certas regras para que sua matéria seja concluída.
Um exemplo claro seria se passar por outra pessoa, e não um jornalista, para conseguir informações. Isso se dá, pois nem sempre os jornalistas conseguiriam matéria por meio de toda verdade.
Eu não acho errado este modo de buscar informações. Além de fazer parte do trabalho, muitas pessoas temem dizer a verdade para os jornalistas por saber que ela, virá a conhecimento público. É o que temem muitas pessoas: a verdade exposta.
Se este é papel do jornalista, informar a população de tudo o que acontece nos bastidores da política e sociedade, então que o faça.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Cena Breve


Sentado a horas no restaurante, enxergo Lúcia entrando. Imponente, com seu imenso casaco de pele, óculos escuros e luvas ela vem em minha direção. Mal se dá conta de que hoje não estou disposto a aturá-la.
Ao aproximar-se da mesa, o garçom corre para oferecer-lhe uma cadeira. Ela senta e tira as luvas.
Mesmo sabendo que tinha demorado horas, ela, ironicamente me pergunta: -Demorei?
Na hora a vontade de dizer-lhe que sim, uma imensidão, o tempo de construir duas pirâmides quase me consome. Mas como se nada tivesse acontecido digo-lhe: - Nem tanto.
Sentada, bela, ela com certeza deve estar achando que eu vou ceder mais uma vez. Levantando uma sobrancelha, ela me diz: - Pedro, nós precisamos conversar. Tenho pensado muito nos últimos dias.
Sem deixar brechas para ela continuar retruquei em seguida: - Eu também. É a última vez que nos vemos. Mande buscar suas coisas lá em casa. Levantei e sai sem ao menos me despedir, deixando-a lá sentada na mesa do restaurante.

Perfil de personagem de conto de fadas


Encontro com a madrasta da Branca de Neve


Com muita insistência consigo uma entrevista com a madrasta da Branca de Neve. Ela pediu que eu fosse sozinha, e sem câmeras. O que me apavorou inicialmente. Imagina! Entrar naquele castelo sozinha.
Ao chegar, levaram-me ao escritório. Um lugar frio e sombrio que mais parecia uma sala de filme de terror.
Ela não demorou muito a chegar, e sem muitos rodeios pediu para que eu começasse.
No início estava meio receosa. Sua pose imponente e suas roupas negras deixaram o ar um pouco macabro.
Ela respondia somente o essencial.
Ao falar de Branca de Neve sua face mudou. Mesmo tentando disfarçar o ódio e a inveja que sentia pela enteada, percebi que ela gostava mesmo era de mal-tratar a pobre menina.
Alegou ter sido a única pessoa que cuidou de Branca a vida toda. Por isso, sentia-se no direito de fazer o que quisesse com ela. E complementou dizendo que Branca de Neve sempre lhe deu muito trabalho. E que nunca se conformou com isso.
Preferi encerrar a entrevista, pois o clima havia ficado tenso. Agradeci à madrasta por ter me recebido, e com toda aquela arrogância que pairava sobre ela, balançou a cabeça e saiu da sala.
Tudo o que eu queria naquela hora, era sair daquele castelo assustador.
No final de tudo, até que gostei. Não é todo dia que se entrevista uma pessoa tão diferente como esta.

Monólogo

Que tarde fria. Há tempos não fazia tanto frio em Manhattan. Dá até vontade de ir ao cinema. É o que vou fazer. Preciso de um casaco longo, chapéu e óculos escuros.

Artigo


As diversas formas de opiniões


Há diversas formas de opiniões nos textos jornalísticos. Podemos vê-las desde o repórter, cameraman, editores, que de certa forma decidem o que de mais importante há naquela reportagem.
Eles têm de ter a perspicácia de encontrar o melhor “furo” e passa-lo de maneira que chame atenção usando de imagens, e bom-humor para atrair sempre uma grande quantidade de leitores.
Um comentarista deve ser especialista na área em que escreve, e não de um fato específico de determinado assunto.
Por isso, o comentarista conhecido pelo público tem mais crédito em relação ao iniciante que precisa citar outros jornalistas até obter crédito suficiente para assinar seu nome em um texto opinativo, que é onde sua carreira começa a decolar.
Isso ocorre, pois a palavra quando publicada pode ajudar ou destruir um jornalista. Uma vez falada ou escrita não há possibilidade de voltar atrás, por mais que se retifique. O mesmo ocorre com opiniões mal colocadas que podem bater de frente com uma determinada organização.
Os comentaristas devem evitar expressar admiração ou indignação sem uma base de fatos e de argumentos lógicos que proporcione ao leitor uma explicação correta para a conclusão do assunto. E em todo caso, não vestir a camisa de determinado ponto de vista para beneficiar a uns e não a outros.

A ética na responsabilidade de imprensa




A ética jornalística é bastante discutida devido
à divergência de opiniões, de como a responsabilidade de imprensa deve ser usada.
O jornalista pode usar este meio de comunicação tanto para o bem da população quanto para causar o caos.
O jornalista Orson Welles, que trabalhava em uma rádio de Nova Iorque, provou o poder que a comunicação tem para as pessoas.
Usando a obra de H.G. Wells, "A guerra dos mundos", ele narrou um ataque marciano à população da Terra. Welles conseguiu apavorar cerca de 1,2 milhão de pessoas. Na época, ele negou a intenção de causar pânico na população. Mas posteriormente, Welles afirmou que pretendia provar o poder da comunicação na sociedade.
A responsabilidade de imprensa é muito relativa quando prezamos o bem-estar das pessoas.
O jornalista tem de usar vários critérios para a publicação de uma matéria. Muitas vezes, uma denúncia pode trazer conseqüências graves. Muitas pessoas inocentes podem ser prejudicadas. Cabe a cada um julgar o que pode ser evitado e o que é de interesse público.
Muitas vezes, os jornalista se veêm obrigados a burlar certas regras para que sua matéria seja concluída.
Um exemplo claro seria se passar por outra pessoa, e não um jornalista, para conseguir informações que não seriam ditas a um repórter. As pessoas têm medo de expôr a verdade.
O poder que um bom jornalista pode ter é tão grande, que muitas vezes uma matéria falsa passa por verdadeira, sem ao menos imaginarmos. Foi o caso do repórter Stephan Glass, que trabalhava na revista The New Republic nos EUA. Dos quarenta eum artigos publicados por ele, 27 eram falsos.
Glas escrevia muito bem, e impressionava a todos com seus furos de reportagem fantásticos. Mas fois desmascarado por seu editor-chefe, depois de publicar uma matéria duvidosa.
Um jornalsta deve ter responsabilidade e ética para passar informações a públicos de diferentes níveis sociais. Há muitas pessoas que seguem cegamente tudo o que é passado em jornais. Tirando dali sua opinião para diversos assuntos. Por isso devemos ser fiéis a ética e a responsabilidade de imprensa.