terça-feira, 4 de novembro de 2008

Demora na liberação de corpos no DF


De tudo vi e ouvi. Assassinatos brutais e (acidentes) fatais não me chocaram tanto quanto a reportagem que assisti esta manhã.
Um homem morto foi encontrado na quarta-feira passada, 22 de outubro, em Luziânia-GO e até hoje seu corpo não foi liberado do IML. Parentes da vítima viajam todos os dias de Valparaíso-GO para a cidade onde ele se encontra, na esperança dele ser liberado.
Como se não bastasse a demora pela liberação do cadáver, as geladeiras do IML, onde os corpos são armazenados, estão lotadas. A solução encontrada pelos funcionários foi de colocar o caixão ao ar livre do lado de fora do prédio. Ao relento, debaixo de um sol de 33º graus, o morto se encontra há seis dias. Levando em consideração que um corpo leva cerca de 72h para começar a deteriorar-se, este parece ter passado da hora.
Seria apenas burocracia ou descaso?
Não faço a mínima idéia. Só sei que deve ser muito triste não poder enterrar seu ente querido antes mesmo que seu corpo comece a feder, desfigurar-se e sem ao menos fazerem uma autópsia para saber a causa da morte.